Você já sentiu a necessidade de cumprir o papel da boa filha ou do bom filho? Acreditou plenamente que deveria agir nesse sentido, tinha certeza de que estava certo, até que… bum! A realidade lhe deu um choque, e você percebeu que sua visão estava equivocada? Pois é, aconteceu comigo.
Para você, o que define o papel da boa filha?
Por muito tempo, acreditei que minha missão era ajudar minha mãe, especialmente após a morte do meu pai, como se precisasse, de alguma forma, amenizar a falta dele.
Tudo fazia sentido na minha cabeça. Eu tinha argumentos, referências e experiências que confirmavam essa ideia. Mas então, a vida, com sua maneira peculiar de ensinar, me mostrou que tenho outros papeis a cumprir.
Nesse post…
O Ponto de Vista Convencional
Muitos filhos acreditam que, mesmo depois de formarem suas próprias famílias, devem ajudar seus pais em diversas questões, seja financeiramente ou resolvendo problemas cotidianos.
Desde providenciar uma conta de energia que não chegou, consertar uma máquina de lavar que quebrou ou até mesmo acompanhar a mãe em uma viagem para a qual ela não tem companhia.
Alguns filhos desenvolvem uma dependência emocional tão grande que precisam “bater ponto” diariamente na casa da mãe, sem perceber o impacto que isso tem em suas próprias vidas.
Essa relação, muitas vezes, pode gerar conflitos conjugais e familiares, pois a priorização exagerada dos pais pode colocar em risco a harmonia do casamento e a atenção aos filhos.
Quando os pais não preparam seus filhos para a independência, criam relações de dependência que podem gerar conflitos.
Quantos casamentos já não foram desfeitos porque as mães interferiram de maneira sutil, mas constante, no relacionamento dos filhos?
É possível cumprir o papel da boa filha e, ao mesmo tempo, da boa esposa e da boa mãe? Quando a filha prioriza as necessidades da mãe, invariavelmente, alguém sairá prejudicado: o marido ou os filhos.
Com o casamento, uma nova família se forma, e a prioridade deve ser o cônjuge e os filhos pequenos. Isso se reflete no tempo dedicado, na proteção, nas finanças e na atenção dispensada.
Como diz o ditado: “Os pais criam os filhos para o mundo”. Reconhecer isso é essencial para evitar conflitos e construir relações saudáveis.
Uma Nova Perspectiva
Afinal, o que é ser bom? Ser bom significa ajudar quem precisa? Talvez, mas também significa saber equilibrar suas responsabilidades. O preço de ser “boa filha” pode ser alto demais se isso significar negligenciar sua própria família.
Ajudar é diferente de apoiar. A ajuda gera dependência, enquanto o apoio incentiva a autonomia.
Uma mãe emocionalmente dependente pode exigir da filha algo que ela, já casada, não pode oferecer. Se a filha também tem dependência emocional, buscará a aprovação da mãe em primeiro lugar e, ao ter que escolher entre a mãe e o marido, muitas vezes escolherá a mãe.
Passos para Priorizar Seu Papel Principal
- Reconheça seu papel principal: A partir do momento em que uma mulher assume um relacionamento sério e tem filhos, sua prioridade deve ser sua própria família.
- Aprenda a dizer não: Não assuma responsabilidades que não são suas por medo de decepcionar sua mãe.
- Estabeleça limites nos relacionamentos: Sua mãe merece carinho e atenção, mas precisa compreender que você tem uma vida própria e responsabilidades intransferíveis.
- Defina prioridades claras: Se você tem esposo e filhos, eles devem ser sua prioridade.
- Libertar-se da dependência emocional: Pare de buscar a aprovação materna para suas decisões como esposa e mãe.
Como Lidar com a Dependência Emocional?
- Avalie onde você pode começar a reduzir sua “ajuda” e sua presença.
- Converse abertamente sobre sua nova postura.
- Defina limites claros para evitar interferências indevidas em sua vida conjugal e na educação dos filhos.
Por que isso importa?
Muitas pessoas confundem seus papeis ao longo da vida e não percebem a necessidade de evoluir. A relação com a família de origem precisa ser ajustada à medida que a vida avança.
Quando há maturidade, bom senso e independência emocional, os relacionamentos são mais saudáveis. Caso contrário, conflitos desnecessários surgem, e relações são minadas por caprichos e manipulações.
A vida é feita de fases, e cada uma delas exige crescimento e amadurecimento.
Conclusão e Convite à Reflexão
Cumprir o papel da boa filha não significa anular-se para atender todas as demandas da mãe, mas sim saber equilibrar os papeis na vida.
O amor e o respeito pelos pais não devem ser medidos pelo tempo dedicado ou pelos sacrifícios impostos, mas pela qualidade dos momentos compartilhados e pelos limites saudáveis que se estabelecem.
E Então?
Você tem sido protagonista da sua própria história ou tem deixado que outros definam seu caminho?
A reflexão é necessária, pois cada escolha que fazemos impacta o nosso presente e o nosso futuro, bem como daqueles que amamos e somos responsáveis.
Ser um modelo maduro, correto e equilibrado para os filhos é algo de valor incalculável. Por isso, sempre é tempo de verificarmos, se estamos com as rédeas de nossa vida em nossas mãos ou se essas rédeas estão nas mãos de quem não deveria estar.
Eu fiz minha escolha e posso dizer: foi uma das melhores decisões da minha vida.
O que você tem feito com os papeis que a vida lhe apresenta? Saiba que hierarquia eles devem seguir.
E você, já passou por algo assim? Me conte nos comentários!
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