Eu pensava assim… que a vida nos dá sinais

A vida nos dá sinais?

Já aconteceu com você? Acreditar piamente em algo, ter plena certeza de que estava certo, até que… bum! A realidade lhe dá um choque, e você percebe que sua visão estava incompleta? Pois é, aconteceu comigo.

Por muito tempo, eu pensei que a vida nos dá sinais e que era preciso observá-los para ter certeza de estar no caminho certo. 

Tudo fazia sentido na minha cabeça. Eu tinha argumentos, referências e até experiências que confirmavam essa ideia. Mas então a vida, com sua maneira peculiar de ensinar, me apresentou novas perspectivas.

Nesse post iremos nos aprofundar na questão se a vida nos dá sinais e como compreendê-los. Saiba: nada acontece por acaso.

O Ponto de Vista Convencional

Certa vez, li um livro que dizia que a vida nos dá sinais colocando-os em nosso caminho para nos conduzir ao que é melhor para nós. 

Muitas vezes, procurei enxergar esses sinais, acreditei tê-los visto e considerei estar fazendo a coisa certa, achando que minha vida estava se desenrolando da melhor maneira.

Ao meu redor, vejo pessoas levando suas vidas como se estivessem apagando incêndios, reagindo às situações baseadas em suas emoções, como se fossem arrastadas por uma correnteza incontrolável. 

Algumas pessoas acordam de manhã e se perguntam: “Qual o leão que terei que matar hoje?”

Uma Nova Perspectiva

Com dificuldade, após vários embates da vida, comecei a ouvir outras vozes, a questionar aquilo que antes parecia inquestionável. E percebi que a vida pode ser muito diferente do que eu imaginava. 

Hoje, entendo que é exatamente o contrário: nós determinamos o caminho que queremos seguir, traçamos nosso futuro agora e, então, a vida nos apresenta situações alinhadas com nossos objetivos. É assim que a vida nos dá sinais.

Houve um momento em que percebi que eu não sonhava mais — nem sabia sonhar, apenas seguia os sinais.

Eu havia desistido de sonhar há muito tempo, porque, para mim, sonhar era sinônimo de decepção. Era mais fácil deixar a vida acontecer e observar os sinais, esperando que eles confirmassem que eu estava no rumo certo.

E percebi que não estava sozinha nessa situação. A maioria das pessoas não sonha, não sabe sonhar e não sabe como realizar seus sonhos.

O Caminho para Sonhar e Realizar

Sonhar nos traz vitalidade, alegria e um sentido para a nossa existência. Para isso, desenvolvi um processo que pode ajudar a transformar sonhos em realidade que posso dar o nome de Plano Anual, ou Meu Sonho para este Ano, etc.

Para sonhar e realizar é preciso:

  • Saber o que se quer alcançar – traduzir seu sonho em palavras, separando-o em objetivos claros e diretos, mesmo que um pouco irreal, inicialmente.
  • Após trazê-lo mais próximo à realidade, retirando-lhe o véu de ilusão, tornando-o mais palpável e colocá-lo no papel. O sonho tem um caráter inalcançável, então, preciso abordá-lo de uma forma mais realística. Exemplo: Sonho – quero obter minha realização financeira. Realidade – ganho pouco, como posso ganhar mais? Mudando de emprego? Mudando de área de atuação? Abrir-me para obter um sócio ou investidor? Qual pode ser o meu primeiro passo?
  • Em seguida, refletir se estou disposta a pagar o preço para realizá-lo, pois realizar um sonho envolverá esforço, privação de algumas coisas para alcançar outras, coragem para vencer os obstáculos, disposição, criatividade, vencer a preguiça, ultrapassar meus limites atuais, mudar minhas crenças, encarar as opiniões de terceiros que podem estar interferindo na minha vida, etc.

Então, vamos lá:

Passo 1: Imaginação – É preciso parar e refletir: o que eu faria ou seria se pudesse fazer ou ser o que quisesse? Como gostaria que minha vida fosse em todas as áreas, como saúde, relacionamentos e finanças?

Passo 2: Colocar no papel – Tirar as ideias da imaginação e trazê-las para uma óptica mais realista. Definir cinco objetivos claros dividindo-os nas três áreas: saúde, relacionamentos e finanças. Exemplo: um objetivo relativo à saúde, dois a relacionamentos, e dois à finanças.

Passo 3: Decisão – Esclarecer as decisões necessárias para traçar uma estratégia de ação e me comprometer com ela, ou seja, decidir genuinamente. As decisões definem os objetivos. Exemplo: Item: saúde – Objetivo: cuidar da saúde, Decisão: perder peso, emagrecer “x” quilos.

Passo 4: Plano de ação – Para cada objetivo, foi tomada, pelo menos, uma decisão. Então, dentro de cada decisão é preciso detalhar as ações a serem tomadas: o que farei, como e por quanto tempo. Por exemplo, se o objetivo for cuidar da saúde, a decisão for perder peso, posso estabelecer ações como: consultar uma nutricionista e adotar uma alimentação equilibrada, praticar exercícios físicos regularmente, entre outras, definindo sua periodicidade. Exemplo: Em um ano decidi perder 8 kg, sendo que pretendo perder 1 quilo a cada mês com uma margem de equilíbrio, para isso vou correr e ir à academia três vezes por semana, também, vou seguir uma dieta equilibrada indicada pela nutricionista.

Passo 5: Medir os resultados – Avaliar meu progresso periodicamente. Se não estiver avançando como esperado, preciso ser compreensiva comigo mesma, revisar minhas estratégias, ajustar minhas metas e caprichar mais nas ações sem desistir. Exemplo: Para medir se estou atingindo meu objetivo preciso me pesar e avaliar se estou conseguindo seguir meu plano de ação, analisar se algo está faltando, se disposição, coragem, comprometimento, etc. e me dispor a não desistir.

Obstáculos no Caminho do Sonho

Na jornada para a realização dos sonhos perceberemos que o primeiro a boicotar nosso sucesso, somos nós mesmos, e, isso é válido para qualquer objetivo de qualquer área da nossa vida. 

Posso me perguntar porque está me faltando disposição, coragem ou comprometimento? 

Algo que pode estar impactando minhas decisões e meus resultados pode ser a dependência emocional. Por vezes, o que os outros dizem, se nos apoiam ou criticam podem minar nossa vontade. 

A importância que damos às opiniões dos outros podem ser cruciais para o nosso sucesso ou fracasso. É preciso libertar-se e assumir o controle da própria vida e não aceitar interferências mesmo quando parecem ser bem intencionadas.

Por outro lado, pode nos faltar criatividade para buscar alternativas para encontrar o melhor caminho para atingir nossos objetivos. Por isso, é importante ampliar os horizontes, abrir a mente. Eventualmente, podemos estar sentados em cima do “baú de ouro” e não percebemos. Ou seja, a solução de que precisamos, pode estar bem próxima de nós!

Outro fator importante pode ser nossas crenças que podem nos puxar para trás. A ideia do não consigo, isto não é para mim, pode minar nossas decisões e impedir que alcancemos nossos objetivos. 

Enfim, nossos sonhos tornam-se realidade ou não se decidirmos conscientemente por eles e se estivermos dispostos a nos alinharmos para realizá-los sabendo que eles estão logo após os obstáculos que surgirão. 

E, então, a vida nos dá sinais? 

Quando decido verdadeiramente o que quero, a vida começa a apresentar desafios que preciso encarar para atingir meu objetivo. 

Antigamente, quando algo “dava errado”, eu entendia que o caminho estava equivocado e mudava de direção ou desistia. 

Hoje, compreendo que as dificuldades são testes da vida, me questionando se realmente desejo aquilo que está além do obstáculo. Esse é o momento de persistir, fazer pausas quando necessário, mas nunca desistir. Esse é o sinal!

Por que isso importa?

Importa porque se trata da diferença entre ser agente da própria vida ou um mero observador. Pois quando não decidimos pela vida que queremos acabamos vivendo a vida que não queremos. 

A vida acaba decidindo por nós, nos apresentando situações que nos manterão naquele círculo vicioso de fracasso, de apagar incêndio, de “correr atrás do prejuízo” como costumamos dizer.

Antes, eu pensava que quando as coisas iam dando certo, se encaixando e se desenrolando, isso era um sinal de que eu estava no rumo certo. No entanto, eu não sonhava e deixava a vida me levar na maioria das situações.

Hoje, compreendi que sou eu quem dá o rumo à minha vida e que decido pagar o preço de realizar meus sonhos lidando com as dificuldades que surgem para me validar

A cada obstáculo superado com coragem e paciência, a dificuldade perde sua intensidade, até que consigo realizar com facilidade aquilo a que me propus. 

Esse é o verdadeiro sinal de que estou atingindo meu objetivo. Pois, ao vencer as dificuldades “exteriores”, estou, na verdade, superando meus padrões emocionais, meus traumas e aquelas vozes internas que dizem: “Isso não é para mim.” 

Estou me libertando das amarras invisíveis que, por muitas vezes, me desviaram ou impediram o meu sucesso.

Conclusão e Convite à Reflexão

E sabe o que é mais interessante? Essa mudança não aconteceu da noite para o dia. 

Foi preciso eu passar por uma situação bem impactante que me obrigou a buscar a compreensão dos meus porquês. 

Isso me levou a um processo de desconstrução e aprendizado, por vezes desconfortável e doloroso, mas incrivelmente enriquecedor. Por isso, compartilho essa reflexão com você. 

Muitas vezes, carregamos crenças limitantes e ideias que nunca questionamos, pois parecem lógicas e fazem sentido à primeira vista. Mas não vale a pena guiar nosso viver baseando-nos em leituras superficiais, romantismo ou teorias simplistas de amigos e pessoas que consideramos maduras e experientes. 

É preciso ir à fonte do conhecimento, buscar leituras com profundidade filosófica, explorar grandes autores, expandindo nossa mente e, assim, montar o nosso próprio quebra-cabeça.

E então?

O que você tem feito com os sinais da vida? Você os espera ou decide o rumo que quer seguir?

Eu mudei de opinião, e quer saber? Foi uma das melhores coisas que já me aconteceu.

E você, já passou por algo assim? Me conte nos comentários!

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